EXAMES

*Radiografias Periapicais

A radiografia periapical ou RX periapical é um exame que serve para visualizar radiograficamente a anatomia de um ou mais dentes (desde a coroa até ao término da raiz), assim como as estruturas anatómicas vizinhas, ou seja, que estão ao redor dos dentes. Esta radiografia pode ser usada para estudar qualquer um dos dentes (molares, pré-molares, incisivos e caninos), seja na arcada dentária superior ou na inferior.

O raio x periapical é o exame mais frequente no que diz respeito à radiografia intraoral (radiografias do interior da boca). Abrange, habitualmente, apenas uma determinada área, visualizando-se, normalmente, apenas 2 a 3 dentes contíguos (juntos), permitindo desta forma avaliar a anatomia dos dentes no seu todo de uma forma mais detalhada.

Não existe uma só radiografia periapical completa ou total, ou seja, que consiga abranger todos os dentes numa só imagem radiográfica, como acontece com a ortopantomografia, mas podemos, no entanto, efetuar várias radiografias de modo a estudar uma área mais alargada.

*Radiografias Panorâmicas

A radiografia panorâmica é um importante exame radiográfico utilizado para o diagnóstico e planejamento terapêutico das doenças dos pacientes e ossos da face. É uma das técnicas radiográficas mais solicitadas e difundidas em todas as especialidades da Odontologia, onde a visualização de todos os elementos dentais e suas estruturas anatômicas são de fácil compreensão para o dentista. O critério para a seleção de um exame radiográfico deve obter o equilíbrio entre o melhor diagnóstico e a menor dose de radiação admissível. As principais vantagens das radiografias panorâmicas incluem as seguintes:

Ampla visibilidade dos ossos faciais e dentes;
Baixa dose de radiação ao paciente;
Não causa desconforto ao paciente;
Possibilidade de ser realizada em pacientes com dificuldades de abertura de boca;
Curto tempo necessário para realizar a radiografia panorâmica, geralmente por volta de 3 a 4 minutos (incluindo o tempo necessário para posicionar o paciente e o tempo de exposição)
Facilidade de compreensão das radiografias panorâmicas pelo paciente, tornando-as um útil auxílio visual na educação do paciente e apresentação de casos clínicos;

Radiografias panorâmicas são mais úteis clinicamente para o diagnóstico de problemas que requerem ampla visualização dos maxilares. Exemplos comuns incluem avaliação de traumatismo, localização de terceiros molares, patologias extensas, lesões grandes conhecidas ou suspeitadas, desenvolvimento dentário (em especial na dentição mista), retenção de dentes ou ápices radiculares (em pacientes edêntulos) e anomalias de desenvolvimento. Essas funções não requerem a alta definição e o alto detalhe das radiografias intra-orais. As radiografias panorâmicas são comumente usadas como a imagem inicial de uma avaliação por permitir adequada visualização ou auxiliar na indicação de outras radiografias. As radiografias panorâmicas também são úteis em pacientes que não têm boa tolerância a exames intraorais.

*Documentações ortodônticas

O quê é a Documentação Ortodôntica?

A documentação ortodôntica é um conjunto de exames (radiografias, fotografias intra e extraorais, modelos de estudo das arcadas dentárias e análises cefalométricas).

Os modelos de estudos podem ser em gesso ou digitalizados.

O objetivo desses exames é proporcionar mais informações a respeito do paciente, permitindo assim que o profissional tenha maior detalhamento e entendimento do caso.

Para quê serve e qual a importância da Documentação Ortodôntica?

A documentação ortodôntica fornece informações complementares do paciente, além de ser indispensável para o tratamento ortodôntico.

É um documento legal, que o ortodontista guarda como prova de que o paciente tinha um determinado problema antes do tratamento, para comparação com o final do tratamento.

O profissional precisa dos exames para elaboração de um correto diagnóstico e o melhor plano de tratamento para o paciente. Portanto confie no seu ortodontista quando ele solicitar a documentação ortodôntica. E desconfie se algum profissional não pedir essa documentação.

A documentação ortodôntica envolve uma série de exames essenciais para o entendimento e análise de cada paciente.

Na ortodontia CADA CASO É UM CASO, portanto é impossível realizar o diagnóstico do paciente apenas com exame clínico. É necessário o exame complementar.

Sem a documentação, o profissional não poderá iniciar o tratamento, pois não terá informações o suficiente para realizar o tratamento ortodôntico da forma mais assertiva.

O que está incluído na Documentação Ortodôntica?

A documentação ortodôntica inclui radiografias, fotografias intra e extraorais, modelos em gesso ou modelos digitais das arcadas dentárias, análises cefalométricas computadorizadas.

A definição dos exames a serem pedidos é do Ortodontista, é ele quem irá realizar o planejamento do tratamento.

Para fazer a Documentação Ortodôntica dói?

Não. Existem procedimentos desconfortáveis como por exemplo a moldagem dos dentes e a realização das fotos intraorais.

A documentação ortodôntica digitalizada não inclui esses procedimentos que podem ser considerados desconfortáveis. Não há incômodo algum para se fazer o scanner intraoral e obter o modelo digital, além disso, esse exame ainda substitui as fotografias intraorais.

O tipo de documentação vai depender do ortodontista responsável pelo caso. E a partir destes exames será possível obter o diagnóstico e realizar o planejamento do tratamento do paciente.

Documentação Ortodôntica Básica

A documentação ortodôntica básica é composta por radiografias panorãmica e telerradiografia lateral, fotografias, análises cefalométricas, e modelos de estudo.

Com a telerradiografia lateral é possível realizar as análises cefalométricas, e essas medidas são feitas de acordo com a solicitação do profissional.

As fotografias extraorais solicitadas são compostas por: face frontal, frontal com sorriso, lateral direita, e as fotografias intraorais são: frontal, oclusal superior, oclusal inferior, lateral direita, lateral esquerda.

Os modelos de estudo que podem ser feitos em gesso (após moldagem) ou modelos digitalizados (após scanner intraoral).

A documentação ortodôntica pode ser impressa, e enviada na pasta ortodôntica ao profissional.

Já a documentação ortodôntica digitalizada pode ser enviada em arquivo para o seu ortodontista anexada em um sistema na internet onde você gerencia as informações (iDoc).

*Tomografias Cone Beam

Vamos falar da Tomografia Computadorizada Cone Beam, um tipo de exame desenvolvido para o estudo odontológico.

O primeiro tomógrafo surgiu na década de 70. Esse era um tomográfo médico, chamado de Fan Beam. Alguns anos mais tarde, no final da década de 90 surgiu o primeiro tomógrafo cone beam.

Qual a diferença entre os dois?

A tomografia cone beam tinha o feixe em forma de cone, a região tomografada era menor, tinha 1/6 da dose de radiação equivalente a um tomógrafo tradicional e maior definição de imagem também.

Como é feito o exame?

É realizado um giro de 360° em torno da cabeça do paciente. De um lado saem os feixes de raio-x de forma cônica, e do outro lado a imagem é capturada pelo sensor. Estas imagens capturadas são enviadas para o computador. Dali, o dentista radiologista vai manipular as imagens planejando o exame que chegará para o dentista.

Indicações

Suas indicações envolvem praticamente todas as especialidades clínicas, e o número de indicações vêm aumentando cada dia mais, com o surgimento de novos estudos e protocolos na odontologia.

Entre elas, as mais solicitadas são:

estudo para planejamento de implantes,
pesquisa de fraturas radiculares,
pesquisa de dentes inclusos,
avaliação de patologias.

Outras aplicabilidades

A tomografia Cone Beam tem sido aplicada no planejamento virtual em associação a outros tipos de exame por imagem como escaneamentos intraorais e faciais, auxiliando na evolução do planejamento e diagnóstico na odontologia.

O planejamento virtual é recente e já está sendo amplamente utilizado por especialistas de todas as áreas, ele pode envolver vários tipos de imagem. Em um programa podemos juntar as imagens da tomografia com o escaneamento e produzir guias cirúrgicas, realizar a cirurgia virtual para entender previamente como será a cirurgia no paciente, e diversas outras indicações.